terça-feira, 22 de abril de 2008

"EL SEÑOR DEL ACORDEON"

Transcorria o ano de 1942, em Buenos Aires, quando Ernesto Montiel e Isaco Abitbol fundaram o “Quarteto Santa Ana”, devido a uma idéia de Pedro Mendoza e em homenagem a uma fazenda do mesmo nome, localizada em Paso de Los Libres, província de Corrientes, Argentina.

Todo um símbolo da música folclórica do litoral (chamamecera) argentino. Seu público e seus amigos não esquecem nunca “Del Maestro” Ernesto Montiel como uma pessoa memorável e que, junto com o seu acordeom, soube inspirar-se e criar magníficas obras musicais.

Ernesto Montiel, “El Senõr Del Acordeón”, nasceu na cidade de Paso de Los Libres, aos 26 dias de fevereiro de 1916. Deixou a sua cidade natal pra vincular-se com os melhores intérpretes da música “litoraleña” daquele tempo: Emilio Chamorro, Ambrosio Miño e outros. Assim foi até conhecer Isaco Abitbol. Com este ocorreu uma união musical muito forte, o que os levou a formar o “Quarteto Santa Ana”. Compartilharam a criação de numerosas obras musicais, entre elas estão: a polka "General Madariaga", o chamamé "Ñatita", o valseado "Don Chirú" e os rasguidos dobles "Padrino Tito" y "Martínez Gutiérrez". Entre tantas apresentações em Buenos Aires, Ernesto Montiel abria os carnavais folclóricos de San Lorenzo de almagro (time de futebol da primeira divisão), dividindo o palco com a orquestra típica do maestro Carlos Di Sarli e os “Hermanos Abrodos”.

Posteriormente, acontecem apresentações nas principais emissoras de rádio da grande Buenos Aires e exitosas turnês que o enalteceriam ainda mais. Em 1969, o “Cuarteto Santa Ana” figura entre os melhores vendedores de discos do selo Philips. Tocaram no primeiro Festival Cinematográfico Internacional da Argentina, também se apresentaram no teatro Colón de Buenos Aires, assistidos pelo presidente da Argentina e mais outros tantos lugares.

“El Señor Del Acordeón” faleceu em Buenos Aires, no dia 6 de dezembro de 1975.

O “Cuarteto Santa Ana” continua se apresentando até os dias de hoje, agora sob a direção de Carlos Talavera (filho do Ernesto Montiel).


Cuarteto Santa Ana

“Pioneros del Chamamé” Vol. 2 (rar Size: 52.21 MB)


  • 01. El recluta (Mario Millán Medina). Canta: Eladio Martínez.
  • 02. El sargento Z (Mario Millán Medina). Canta: Víctor Ramírez.
  • 03. La huérfana (recop. y arreglos: Ernesto Montiel - Isaco Abitbol).

  • 04. La papeleta (Mario Millán Medina). Canta: Ricardo Llanos.
  • 05. El mencho Cirilo (Julio Montes - Pedro Mendoza). Canta: Ricardo Llanos.
  • 06. Tres Isletas (Luis Acosta - Luis Ferreyra).
  • 07. El casamiento de la Raela (Mario Millán Medina). Canta: Armando Correa.
  • 08. Taitalo vino del Chaco (Mario Millán Medina - Apolinario Godoy). Canta: Armando Correa.
  • 09. La yerra (Isaco Abitbol).
  • 10. El payé (Valerio Duarte - Pedro Mendoza). Canta: Emeterio Fernández.
  • 11. El rancho e' la Cambicha (Mario Millán Medina). Canta: Emeterio Fernández.
  • 12. El toro (Pedro Sánchez).
  • 13. El desconsolado (Tarragó Ros). Canta: Pedro "El campiriño".
  • 14. El afligido (Tarragó Ros - Isaco Abitbol - Ernesto Montiel). Canta: Julio Luján.
  • 15. Feliciano orilla (Ernesto Montiel - Ambrosio Miño).
  • 16. El burro (Mario Millán Medina). Canta: Roberto Galarza.
  • 17. La guampada (Mario Millán Medina). Canta: Roberto Galarza.
  • 18. La bailanta (Heraclio Pérez - Isaco Abitbol). Canta: Emeterio Fernández.
  • 19. Viva Boca (Lalo Cipriano - Eduardo Pauloni). Canta: Julio Luján.
  • 20. Ah..mi Corrientes porä (Lito Bayardo - Eladio Martínez). Canta: Eladio Martínez.


Link de descarga do álbum:
http://sharebee.com/4291727e



Os trabalhos musicais acima relacionados e que fazem parte do álbum “Pioneros Del Chamamé”, foram gravados nos idos “anos 40”, por incrível que pareça, o mesmo estilo “chamamecero” continua sendo executado quase 70 anos depois, por conjuntos e solistas de elevada expressão musical, tais como: “Los de Imaguaré”, “Reencuentro”, o próprio “Cuarteto Santa Ana”, Mario Bofil e tantos outros mais.

Atento a atenção dos amigos para os pequenos diálogos que acontecem dentro da obra, retratam a simplicidade idiomática que até hoje existe na província de Corrientes, além da execução de alguns vocábulos em guarani misturados ao “castelhano” coloquial.


Um forte abraço a todos